quarta-feira, 7 de abril de 2010


A Máscara de Agamemnon é um artefato descoberto em Micenas, em 1876 por Heinrich Schliemann. É uma máscara funerária de ouro. Schliemann acreditou que tinha descoberto o corpo do lendário líder grego Agamemnon, por isso o nome. Porém, pesquisas arqueológicas realizadas recentemente sugere que a máscara é datada de 1.500 a 1.550 AC, o que significa uma época bem anterior a Agamemnon. Apesar disso, o nome permanece. A máscara está hoje no Museu Arqueológico Nacional de Atenas, em Atenas.

Provavelmente restos de um tholoi.

Teseu em batalha com o Minotauro.

Afrescos Murais no Palácio de Cnossos.

O Portal do Leão em Micenas.


As comunidades gentílicas.
















Tesouro das tumbas reais de micenas.

Mapa da Civilização Minóica.

Sítio arqueológico de Fournou Korifi, perto de Myrtos, no sudeste de Creta.

Tablete de argila com uma inscrição micênica Linear B.

Retrato de uma mulher de gesso original, talvez uma deusa ou de uma esfinge, um dos poucos exemplos de arte plástica Mycenaean monumental. Gesso pintado, por volta de 1300-1250 aC.








“Deusa-mãe” cretense.

terça-feira, 6 de abril de 2010

3) Turmas Específicas
3.1) A formação do povo grego (P. Homérico)
a) a civilização micênica

A civilização micênica foi descoberta em escavações arqueológicas feita por um arqueólogo alemão Heinrich Schliemann. Os micênicos tinham como referencial a civilização minóica. Provavelmente existiu entre 1600 a 1150 a.C.
Os micênios tinham sua economia baseada no comércio (trocavam mercadorias com os povos egípcios, do litoral da Fenícia, da Sicília e da península Itálica meridional), artesanato, atividade metalúrgica e a agricultura, a civilização era também amante de guerras. Sua política tinha o rei como autoridade máxima e na religião tinham os sacerdotes e sacerdotisas.
Assim como a civilização egípcia, os micênios utilizavam túmulos para abrigarem seus líderes mortos, eles construíam gigantescas estruturas, denominadas tholoi.
Acredita-se que por volta de 1400 a.C. os micênicos teriam ocupado Cnossos (cidade considerada centro da civilização minóica), tendo assim assimilado sua cultura. Diversas características da cultura micênica permaneceram na literatura grega dos períodos Arcaico e Clássico, sendo notável nas obras Ilíada e da Odisséia. Micenas teve seu auge no período de 1400 a 1230 a.C. e foi a cidade mais próspera da Grécia por muitos anos, revolucionando as artes, a engenharia e a arquitetura. Assim como a civilização egípcia, os micênios utilizavam túmulos para abrigarem seus líderes mortos, eram construídas gigantescas estruturas, denominada tholoi.
Seu declínio teria acontecido por volta de 1250 a.C. São várias as hipóteses e motivos discutidos para justificar sua queda, mas os principais motivos seriam: guerras constantes entre seus reinos e perturbações sociais internas, tendo assim ocasionado sua desintegração por volta de 1150 a.C. Existe uma teoria que diz que um dos motivos teria sido, por queda de rotas comerciais, já que provavelmente povos bárbaros, atacaram as civilizações do Egito e da Mesopotâmia
Os micênicos deixaram um grande legado a Grécia, suas crenças religiosas, suas artes com cerâmicas, a metalurgia, a agricultura, a linguagem, um código de honra imortalizado nas epopeias homéricas, além de muitos mitos e lendas.
A queda da civilização micênica é considerada o marco para o início da Idade das Trevas, durante IV séc. a cultura da Grécia entrou em uma grande decadência. O fim da Idade das Trevas se deu com o surgimento das cidades-estados gregas.

b) a civilização cretense
A civilização cretense, ou minóica, foi descoberta pelo arqueólogo inglês Arthur Evans, que fez escavações e encontrou restos da civilização minóica. A civilização cretense localizava-se na ilha de Creta, no mar Egeu. Provavelmente a civilização minóica teria existido entre 2200 a 1450 a.C. A hipótese mais provável sobre o surgimento da civilização cretense é a junção entre os povos que já habitavam a ilha de Creta, com os povos oriundos da Ásia Menor.
Os cretenses tinham suas atividades econômicas ligadas principalmente no comércio marítimo e no artesanato. Assim como os Fenícios os cretenses construíram um grande império marítimo, denominado talassocracia. Os minóicos praticavam comércio com os povos egípcios.
Sua política tinha como chefe supremo o rei, ele não só era o líder da política, mas também obtinha a supremacia na religião, ou seja, ele era considerado um rei divino, que possuía a força dos deuses á seu favor. A religião tinha como deusa, a deusa-mãe, isso explica o porquê da civilização minóica respeitar e admirar a mulher.

A arte minóica tem como destaque a arte com cerâmica, pois ela apresentava diversas formas e funções, e sempre os minóicos procuravam o aperfeiçoamento das peças com cerâmicas.
A mitologia cretense é bastante rica em lendas. Uma das mais conhecidas é á do Minotauro, a lenda diz que Minotauro teria governado a cidade de Cnossos, seu castelo possuía um grande labirinto. No centro do labirinto habitava uma criatura meio homem, meio touro, o Minotauro.
Acredita-se que Creta era constituída por cidades-estados, que eram subordinadas em certo nível por uma cidade mais importante e seu rei. Essa cidade seria Cnossos, considerada o centro da civilização minóica. O maior palácio era o de Cnossos, mas também existiam outros grandes palácios como o de Festos e o de Mália. O apogeu da civilização cretense foi por volta de 1700 á 1400 a.C.
Seu declínio é algo muito discutido. Alguns historiadores acreditam que uma possível erupção vulcânica teria levado a destruição de toda a civilização minóica, já que nas escavações foram encontrados indícios de uma possível erupção. Outros que o fim dessa civilização estaria ligado a invasão dos povos micênicos. Os cretenses não teriam se recuperado durante 2 séc., e sua sociedade simplesmente desapareceu.

c) as civilizações dos povos indo-europeus
Embora fundada por aqueus, a cidade de Micenas adotou muitos valores cretenses, especialmente os artísticos, apesar de impor a supremacia patriarcal, iniciando a transição para o mundo grego.O predomínio de Micenas, que vencera também sua rival, Tróia, duraria até o século XII a.C., quando a região foi invadida pelos conquistadores gregos chamados dórios. Provavelmente, os primeiros povos a habitar a Grécia foram os pelasgos, ou pelágios. Ao que tudo indica, por volta de 2000 a.C., esses povos, organizados em comunidades coletivistas, ocupavam a zona litorânea e mais alguns pontos isolados na Grécia continental. Foi aproximadamente nessa época que teve início, na Grécia, um grande período de invasões, que se prolongaria até 1200 a.C. Os povos invasores – indo-europeus provenientes das planícies euro-asiáticas – chegaram em pequenos grupos, subjugando lentamente os pelasgos.Os primeiros indo-europeus que invadiram a Grécia foram os aqueus, e ali se estabeleceram entre os anos 2.000 a.C. e 1.700 a.C. Foram eles os fundadores de Micenas, cidade que foi o berço da civilização creto-micênica. Entre 1700 a.C. e 1400 a.C., outros povos atingiram a Grécia: os eólios, que ocuparam a Tessália e outras regiões, e os jônios, que se fixaram na Ática, onde posteriormente fundaram a cidade de Atenas. A partir de 1400 a.C., com a decadência da civilização cretense, Micenas viveu um período de grande desenvolvimento, que terminaria por volta de 1200 a.C., quando se iniciaram as invasões dos dórios. Os dórios – último povo indo-europeu a migrar para a Grécia – eram essencialmente guerreiros. Ao que parece, foram eles os responsáveis pela destruição da civilização micênica e pelo conseqüente deslocamento de grupos humanos da Grécia continental para diversas ilhas do Egeu e para a costa da Ásia Menor. Esse processo de dispersão é conhecido pelo nome de primeira diáspora.
http://faustomoraesjr.sites.uol.com.br/grega.htm

d) as comunidades gentílicas
A Idade das Trevas foi caracterizada pela comunidade gentílica, fundada na existência de pequenas unidades agrícolas auto-suficientes — os genos. Nessas unidades, os bens econômicos, como terras, animais, sementes e instrumentos de trabalho, estavam sob o controle do chefe comunitário, chamado pater, que exercia funções religiosas, administrativas e judiciárias.
A Idade das Trevas chegaram ao fim juntamente com a desagregação lenta, mas progressiva, das comunidades gentílicas. O crescimento demográfico foi a principal causa da decadência dos genos, na medida em que o pobre solo grego não poderia expandir sua produção de forma proporcional ao aumento populacional.
As disputas pelas terras cultiváveis, o surgimento de proprietários, não-proprietários e daqueles que passaram a dedicar-se ao comercio, bem como os conflitos entre os diversos Genos, resultaram na crescente instabilidade que motivou a união dos mais poderosos de vários genos a fim de buscar o estabelecimento de um poder controlador e forte.
Nesse processo foram reforçados os elos entre alguns genos de uma mesma área geográfica, formando a fratria e, do mesmo modo, surgiu também a união de várias fratrias, originando as tribos. Como fecho das alianças regionais, as várias tribos reunidas acabaram formando uma estrutura ainda mais ampla, o demos (povo ou povoado), que tinha como chefe supremo o basileu, um autêntico rei.
Assim, com o fim do domínio gentílico sobre a terra, os parentes mais próximos do pater apropriaram-se das terras mais ricas, passando a ser conhecidos como eupátridas (os bem-nascidos), verdadeiros latifundiários. O restante da terra foi dividido entre os georgoi (agricultores), pequenos proprietários. Os mais prejudicados por essa divisão foram os thetas (marginais), excluídos da partilha das terras.
VICENTINO, Cláudio. História geral e do Brasil, São Paulo-SP , Ed. Scipione, 2001.